22 agosto 2012

2012 Norte da Europa - São Petersburgo


21/08 - domingo

Chegando, a velha confusão do desembarque, com o adicional da imigração russa, lentíssima. Já sentimos a onda dos russos: meio brasileiros na desorganização, muito cafonas, em geral grandões para cima e para os lados.


Mas chegamos em terra bolchevique/czarista. Tudo fechado (domingo, né?), sacamos rublos no Atm, tomamos um táxi e descemos sãos e salvos no hostel, superarrumadinho. Meu receio ao país se mostrou infundado, por hora ao menos, e tudo funcionou legal. Deixamos as malas e fomos visitar nossa vizinha, a catedral Kazaan. Grandona, Vaticano-style. Depois caminhamos em direção à igreja do libertador do sangue derramado, mas antes, uma parada num café com suas vitrines atraentes. Nossa primeira experiência com atendentes russas que não falam inglês, muita mímica e se vira! Deu certo. A igreja em si é agora só para visitação, logo, cobra. Ah, tudo dá um grande desconto para estudantes, então a ISIC vale muito a pena. O prédio é lindíssimo, por dentro e por fora. Achei muito impressionante, a mais bonita igreja que já vi até agora. De lá, um pique e atravessamos o parque nos jardins de verão, cheios de estátuas e noivas e domingueiros e crianças. E sorvete russo. Foi super típico.

Descobri que existe um russo bem arquetípico, chamemo-no Boris, barrigudo, cara branca inchada, voz grave, não tão alto. Sua esposa, Elena, tem cabelo armado, é gordinha ou gordona, roupas estampadas, depreferência em conjuntos. Esse casal tá na cidade toda. Mas o pessoal varia bastante além desse padrão: brancos em geral, mas existem também os morenos do sul. Cabelos escuros ou claros, olhos idem. Magros ou "fortinhos". Muitas menininhas-boneca, e garotinhos de cabelo raspadinho. Achei engraçado, muito homens usam bolsas masculinas, a moda pegou lá a sério. Ah ,e claro, as modelonas russas, magras, magérrimas, loiras, loiraças, ricas, riquíssimas. Essas eu vi nos pôsteres, e em poucos lugares. Mas existem sim.

Continuando, depois do parque tomamos coragem contra o frio (verão de verdade ficou no além-Báltico), e cruzamos o rio Neva até a cabana de Pedro, preservada. Uma paradinha nos suvenires (quase um shopping). Uma chuvinha meio chata, e breve, e fomos ao museu da história política da Rússia. Faltava pouco tempo pra ele fechar, mas achamos que era pequeno - um erro. Desorganizado igual o Charlie's Checkpoint de Berlim, mas muito maior, cheio de objetos e informações sobre a Rússia imediatamente pré-revolução, além de todo o período comunista e após. Várias exposições também. As velhinhas (parece que tem que ser velhinha pra trabalhar nos museus russos) são engraçadas e indicam o trajeto "sugerido", além de entregarem os informativos com as traduções em inglês dos painéis em russo. Mais mímica, engraçadíssimo. Corremos, e voltamos ao centro, jantamos no rest vizinho bem gostoso, de culinária russa, o Ivanoff. E depois, confeitaria Cebec, com tortas lindas e caixinha de financier, hummm.

20/08 – segunda-feira

Tomamos nosso café no estabelecimento vizinho, com direito às donas russas esculachando os jovenzinhos garçons - em russo, coitados! De lá, catedral de S. Isaac, imensa, linda, rrrrica, e paga (museu). Caminhamos, mesmo num vento cortante, até a ilha onde fica a fortaleza de Pedro e Paulo, cheia de atrações. Visitamos a catedral-tumba da ilha, onde estão enterrados os Romanovv, depostos pelos comunistas. Teve até um pequeno show de coral masculino russo. Depois, na ilha, visita à prisão da ilha, onde ficaram, primeiro, os revolucionários, depois, os revolucionados. Muito interessante e elucidativo. Voltamos, o sol saiu, mas o vento permaneceu. Passeamos ao longo do rio, pelas praças, e tomamos nossa avenida predileta, a Nevsky. Entramos num rest de gaiatos, e nos demos bem! Chamava Market Place, e foi bem cool e saboroso. Depois, uma passeada pela avenida e casa.

21/08- terça-feira

Variamos, e mudamos o lugar de tomar café, (tinham três vizinhos possíveis!). Depois, tomamos o metrô e uma van para Peterhof. Funcionou bem, e foi até rápido. Bem mais barato que ir de barco. Lá, o palácio é lindo, os jardins mais ainda. Muitos turistas, maioria russos e espanhóis. Muito agradável e ensolarado. Comemos por lá numas barraquinhas mequetrefes. Jantamos no Ivanoff de novo, ótimo de novo. No fim do dia, demos uma voltinha pelos arredores, uns bares suspeitos e tomamos um café noturno no vizinho.

22/08 - quarta-feira

Acordei mais cedo que os meninos, porque queria aproveitar bem o Hermitage, o destino do dia. Fiz as malas, deixei na recepção (dia de check out) e tomei um café na Nevsky. No museu, peguei abrindo, uma filinha, mas andou super rápido. A agradável surpresa de que estudantes nada pagam (aliás, é uma dica e tanto para a Rússia: ou não paga ou paga menos da metade, em praticamente todo lugar). Hordas de pessoas, mas pelo menos tem um mapa. Imensíssimo, labiríntico, com um acervo de prima. Rato de museu, passei horas. Depois de um lanche tardio no Mc, encontrei com os meninos na saída, enquanto esperava lendo meu Game of Thrones. Fui com eles até o Maket Place de novo, comi uma frutinha e depois doces na confeitaria... Voltamos pro hostel pra pegar as malas, esperamos um pouquinho e metrô até a estação de trem. Lá, uma certa dificuldade para entender a troca do “vale-bilhete” da internet, mas tudo certo. Dá pra embarcar no trem 1h antes da saída, o célebre Red Arrow, com direito a musiquinha própria e tudo. Para certa decepção nossa, houve uma quarta ocupante da cabine, mas literalmente não fedia nem cheirava, o que era vantagem na Europa do verão...

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