29 junho 2013

2013 Oriente Médio - Istambul

Vôo ok, dormi, claro. Mas nem água serviram - quer pagar quanto? Na chegada, já tínhamos um transfer programado; o motorista, simpático e jovem, ficou conversando sobre política e protestos, turcos e brasileiros. Na opinião dele, os primeiros eram indevidos e os últimos, justos. É um trajetinho, porque chegamos no Sabiha Gokcen, mais afastado. Mas foi legal pra já ir sentindo as dimensões. Cruzamos da Ásia pra Europa e chegamos ao hotel, no bairro de Sultanahmet, área reservada aos sultões do passado, hoje, centro turístico. O hotel é uma gracinha, pessoal muito atencioso mesmo, fizemos o check in (antecipado) e rua. Rua lotada, a velha e boa Europa (só disfarçada com muçulmanos - tipo França, sabe?). Na praça entre Santa Sofia e Mesquita Azul, tomamos nosso café despretensioso - eu comi uns pãezinhos de vendedores de rua, uma pechincha e muito gostosos. Para entrar na Santa Sofia, compramos o passe de museus, que nos daria acesso a uma lista de atrações por 3 dias. A catedral/mesquita, é linda mesmo, e popular. Depois, uma paradinha na Mado, doceria vizinha. Aí, foi bate-perna no bairro todo, Bazar Egípcio e, claro, Grand Bazar. Umas cerejinhas no caminho, delícia! Depois de cochilarmos um pouco, jantar no House of Medusa, recomendado e vizinho. Bem gostoso!

30/06 domingo

Depois de um café da manhã delicioso (o melhor da viagem!), fomos visitar a Basílica Cisterna. Que surpresa - ela é imensa, subterrânea, e fotogênica. Na hora da Mesquita Azul, pausa das orações, fica pra depois então. Subimos pro Topkapi Sarayi, complexo palacial otomano extraordinário. Visitamos tudo, incluindo o harém. Maravilhoso mesmo. Na descida, paramos nos museus arqueológicos, bem maiores do que eu pensava, e mais interessantes também. Uma exposição (temporária?) sobre uns naufrágios no porto foi o ponto alto. Depois, decidimos ir caminhando até Beyoglu, atravessando a ponte Gálata, com seus pescadores urbanos (!) do Bósforo. Subimos até a torre Gálata, com sua vista do estreito. Na volta, tomamos um tram, que nos deixou na porta de casa. As meninas, de noite, foram jantar, adivinhem? no House of Medusa; sem fome, preferi ficar dormindo.

01/07 segunda

Pela manhã, tomamos um táxi e fomos ao Kariye Müzesi, uma igreja bizantina muito bem conservada. De lá, outro táxi, direto à famosa praça Taksim, que estava comicamente fechada e lotada de policiais, todos sentados serenamente nos banquinhos, impedindo o acesso de potenciais protestantes. Depois, fomos serpenteando pelo bairro, até cair na Meclis-i Mebusan. Pausa para um café no Kahve Dunyasi, e depois um longo trajeto, subindo até o parque Yildiz, e o palácio de mesmo nome - que era praticamente só nosso naquele dia. Um charme.

Na volta, uns velhinhos estavam colhendo umas frutinhas vermelhas e nos deram um pouco. Acho que eram cranberries - as meninas não gostaram! Passamos em frente novamente ao estádio Besiktas Inönü. Subimos mais uma vez na área da torre Gálata, dessa vez mirando o museu Galata Mevlevihanesi, mas estava fechado naquele dia... Almoçamos num rest com vista para a torre, e, na descida pra casa, parei pra fazer a barba - o barbeiro, que não falava inglês, entendeu meu objetivo: turkish style. Saí o próprio Salim. Um semi-longo trajeto até em casa. Jantamos, de novo, no House of, acompanhados de um viajante holândês solitário, gente boa. Depois de tantos jantares, os administradores do restaurante já estavam chegados das meninas e pediram ajuda para elas darem um pente fino na tradução  para português que estavam preparando para o cardápio. Como recompensa pelo trabalho, entradinhas e chás! Fizemos também as tradicionais fotos noturnas, com os monumentos iluminados.

02/07 terça

Tomamos logo o bonde pra chegar à estação Kabatas, com destino ao palácio Dolmabahçe. O último dos palácios otomanos, mas em estilo europeu. Também super legal, mais harém. Bonde de volta, tomamos o cruzeiro do Bósforo das 14h30, de duas horas. A tarde estava linda, nem tão quente assim, e fomos "na janela", então foi muito agradável. Na volta, lanchamos na tradicional Simit Sarayi, pela terceira vez na nossa estadia turca! Acho que somos conservadores... O jantar, no entanto, mudou para um outro rest, que tinha um mestre sorveteiro, ou MS como chamamos, que fazia a diversão dos transeuntes - e rendia muitas vendas para a casa!

03/07 quarta


Depois do check out, no nosso último dia de Istambul, eu e Ciça fomos visitar as mesquitas que faltam (Simone já tava cansada do efeito roupa comprida + pano na cabeça ;). Numa tacada, fomos à Yeni, à Rüstem Pasa e à Suleymaniye, que na verdade é um complexo islâmico. Depois, fomos às compras no Grand Bazar, rapidinho, para a "louçaria" turca, da Ciça. Meu almoço foi um sanduba no McDo... Esperamos nosso transfer pro aero e tudo certo. Ao contrário de Israel, o embarque foi rápido, dessa vez no aeroporto mais próximo, o Ataturk. Último lanche no aero e bye Istambul.

26 junho 2013

2013 Oriente Médio - Tel Aviv

Já na chegada no fim da tarde, quente, claro, notamos a esperada e gritante diferença de Jerusa com sua irmã mundana Tel Aviv. A ortodoxia foi substituída por trajes de praia, as chamadas religiosas, por tranceira (né, Ciça?), a comida kosher por redes internacionais e bistrôs Michelinicos. Nosso apto foi substituído por um magnífico quarto e sala de janelas infinitas, solar, a dois quarteirões da praia. Rio, é vc? Acho que decidi ficar por ali. Reflexões filosóficas à parte, partimos é pro aproveitamento local. Jantamos num italiano recomendado, o Mel and Michelle, e por pouco não o conseguimos por não termos reserva. Melhor aspargo jamais comido! Acertei em tudo nas minhas escolhas gourmet!

27/06 quinta


Praia! Café na esquina, destino: Hilton's Beach. Apesar de já não ser tão cedo mais, pouca gente na praia, o garçon falante alegou até tédio. Ficamos debaixo de umas estruturas de madeira na areia, na sombra. O calor estava demais, claro. A água mediterrânea, bem morna e ótima. Ficamos lá a tarde toda, descansando e curtindo. Andamos até a Gordon. Depois, na volta pra casa, comprinhas no supermercado (não estamos num flat-lar?). Fomos ao shopping Dizengoff Center, pra ver se encontrávamos uns Moroccan pra Ciça. À noite, saímos pruns drinks num pub, rua lotada, White Night em TLV. As meninas ficaram viciadas numas sementinhas que eles servem com os drinks - seriam de abóbora? Ou girassol? Jamais saberemos.

28/06 sexta

Adivinha - praia, de novo. Só eu e Ciça, que Simone estava desanimada. Antes, Dizengoff Center (a loja estava fechada no dia anterior). Na Hilton's, alugamos umas chaises e ficamos lá, estirados. Ah, as férias... Pós-praia, almoçamos todos num rest meio latino, meio judeu, meio tradicional. Razoável. Último passeio pelas Ben Yehuda, Ben Turion e Dizengoff e bora pra casa.

29/06 sábado

Cedo, cedíssimo, tomamos o táxi, pré-combinado um dia antes com ajuda do nosso host, Amir, muito solícito. Aí sim. Chegamos com a minha tradicional antecedência - melhor esperar no aero que perder o avião. Contávamos, claro, com uma segurança maior, à la fronteira Aqaba-Eilat, mas qual nossa surpresa!, o buraco era muito mais embaixo. De cara, separam a gente na fila para ENTRAR no aeroporto, fazendo perguntas capciosas, tira-teimas e bem-bolados em geral. Detecção de metal? 4 vezes. De pólvora? Abre a mala aí, malandro, tira todas as cuecas pra fora e dá-lhe teste químico. Tudo bastante eficiente, sim. Mas demorado e suspeito. Simone ficou um pouco pra trás mas foi devidamente resgatada por um security-officer admirador, que a escoltou direto à área de embarque. Ufa, por pouco não dava tempo. Tomamos um café meio corrido e embarcamos.

25 junho 2013

2013 Oriente Médio - Tour pelo norte

25/06 terça

Cedo fomos pro local marcado para sermos pegos pela van da excursão Rent-a-Guide que contratamos lá do Brasil. Com uns 20 min de atraso, começamos passando por Haifa, uma cidade jovem pros padrões do Oriente Médio, com traços modernistas que lembram em parte Brasília. Lá visitamos os lindos jardins de Bahá'í, suspensos em degraus. Essa religião persa é bem peculiar e tem um dos seus centros sagrados no jardim, por guardar o túmulo de seu fundador. De lá, subimos até as grutas de Rosh HaNikra, na fronteira com o Líbano. O mar ecoa na caverna parcialmente afundada, o que parece ser a voz de um deus bravo do antigo testamento, ou a baleia de Jonas. A seguir, a magnífica Acre, cidade-fortaleza base de cruzados na região. Muito interessante, bem conservada, com descobertas recentes... O tour deixou muito a vontade de querer voltar para ficar hospedado na cidade e explorar com calma. O almoço, ainda que barato, foi num daqueles rests de grupo de excursão, bem ruinzinho.

Depois, o guia Daniel quebrou nosso galho e nos deixou de van mesmo lá no hotel que tinham nos reservado. Super legal, fica num kibbutz na Galiléia, em Mizra, uma espécie de condomínio, originalmente socialista, com estrutura própria, produção agrícola e/ou pecuária. Bem agradável mesmo, lembrando a vila onde eu morava na infância. Fizemos uma compra no supermercado local, e à noite, com ajuda da recepcionista, pedimos uma pizza! Foi ótimo comer no pátio externo do hotel, onde uns moçambicanos ensaiavam uma dança coletiva que não fazíamos ideia de que se tratava...

26/06 quarta

Tour pela Galileia

Do kibbutz, nos pegaram, nova guia, muito organizada, e nos dirigimos a Nazaré, onde visitaríamos a igreja da Anunciação, onde Maria recebeu instruções do anjo sobre sua gravidez. Lá, representações "artísticas" da virgem, originadas do mundo todo, umas mais bonitas outras nem tanto. Gostamos muito das versões orientais e da versão Tempestade dos X-Men, acho que era do Uruguai da África do Sul... Seguimos então para Tabgha, onde Jesus multiplicou os peixes e os pães, hoje uma igreja franciscana. Depois, Cafarnaum, onde vivia Jesus, em casa de Pedro, o pescador. As fundações originais ainda estão lá. O almoço foi na sequência, num restaurante à beira do chamado Mar da Galileia, um lago no território israelense que era intensamente utilizado por Cristo para fugir de seus perseguidores. Eu e Ciça não quisemos almoçar peixe (especialidade da casa) nem outras alternativas com cara fuleira e preço alto. Ficamos com o biscoitinho que tínhamos comprado no kibbutz, mas aproveitamos para curtir as margens do lago. Avistamos até um grupo de senhoras, provavelmente cristãs ortodoxas, se despirem e mergulharem ali em roupa de baixo (a não ser uma mais preparada, de biquíni) - o calor gerou um sentimento de inveja em nós. Depois do almoço, fizemos nossa última visita, agora em Yardenit, áreas batismais no Jordão, versão comercial da jordaniana, plenamente equipada mas ausente de espiritualidade espontânea. Além, é claro, de não se tratar do ponto original do batismo de Jesus. Findo o tour, umas duas horas depois fomos entregues em Tel Aviv.