10 setembro 2017

2017 Sul da África - Kasane

Ali, Pako, colega de Wilson, nos esperava para nos entregar na vizinha Kasane, no Nkanga. Já no trajeto, Pako recomendou Rapps, para fazermos os passeios. Nos acomodamos e logo Rapps chegou, combinando preços em conta, horários convenientes e, fantástico, tours exclusivos - com sorriso e simpatia inigualáveis ❤️. Descansamos assistindo uma boa novela local, com temas como estupro, homicídio e suicídio (ou seja, Brasil faz escola) e já chega nosso novo amigo Rapps. De carro 4x4 aberto nos levou até o barco de Kaabe, para o cruzeiro pelos canais do Chobe do meio da tarde em diante. Espetacular é o mínimo. Além do barco novinho só pra nós, a simpatia discreta e atenciosa do guia, a luz e o clima amenos, resta a paisagem estonteante, e, claro, os animais. Além dos pássaros 🐦, pelicano inclusive, avistamos crocodilos 🐊. Depois, elefantes 🐘 , muitos deles, refrescando-se nas águas. Uma magia. Seguimos, hipopótamo muito perto, com seu olhar de esgueio, dá até medo (são eles os maiores causadores de acidentes fatais). Búfalos 🐃 (Daha Boys, ou cracudos, outros nervosinhos perigosos), impalas 🦌, centenas deles, javalis 🐗, kudus. Uma maravilha sem fim. Saímos extasiados. Por fim, tete-à-tete com uma dupla de crocos gigânticos a menos de um metro, prontos para um bote derradeiro. Kaabe garantiu que estavam saciados, mas ainda assim é aterrorizante. Não bastasse esse encontro íntimo, despedida com manada de elefantes cruzando as águas, em brincadeiras faniliares e barulhentas, sob um pôr do sol Africa-style, sabe, caçadores da esmeralda perdida.


Rapps, não suficiente, nos leva ao P. P. C. C: Pizza Plus Coffee and Curry, um indiano multicuisine que suspeitamos mas confiamos. Pagou-se a língua, comemos divinamente a preços módicos. Barriga cheia, lotada no caso, seguimos a Nkangar, de carona com quem? Rapps, um queridão. A noite foi criança.


11/09 segunda-feira

Malas arrumadas, 05h45 Rapps nos buscou para o game drive no Chobe. Só nós. Até cobertores nos foi providenciado, para o frio matutino. À entrada, muitos carros, 3a idade reinando. Mas em minutos tomamos nosso próprio rumo. Galinhas d'Angola🐔, muitos impalas graciosos. O nascer do sol na savana, esplendoroso. Uma hiena solitária, raríssima àquela hora do dia, sinal de sorte do nosso grupo. Hipopótamos e crocodilose gansos 🦆 egípcios na água. No interior, no mato, um som de ossos partidos. Com calma, nos aproximamos. Primeiro, invisível aos nossos olhos, devorando sua presa, no alto da árvore, camuflado. Aos poucos, um vê rabo, outro cara. Ninguém ainda, o coração. Era ele, o leopardo 🐆. Singular visão. Desce da árvore refastelado, desinteressadamente de nós, únicos espectadores. Numa reviravolta terna, chegam os filhotes, dois deles. Era leopardo fêmea, e não macho, e alimentou os pequenos com a presa. Brincam e correm, Animal Planet 🌏 ao vivo. A mãe, deitada à sombra. Seguimos certos do nosso privilégio, humanos e ocidentais que somos. Sem demora, as tão queridas da Cecília: girafas, várias e várias. Mais jovens (claras) e mais velhas (escuras). Umas fofas silenciosas. Parada para café (a fome gritava), conversa amistosa sob a ameaça constante dos babuínos já conhecidos. Seguimos, a triste cena de abutres devorando a carcaça de um filhote de elefante, logo abaixo de uma águia 🦅 em seu ninho. Descemos à beira d'água e avistamos um chacal 🦊, espreitando em busca de restos de caça. Ora, quem caçaria em mato alto? Sim, leões 🦁! Melhor, leoas! Ao longe, vigiando. Depois, movimento no outro lado do carro, sob as árvores e raízes, outra leoa, descansando escondida. Ufa! Hora de voltar, kudus, antílopes, zebras! Um sucesso total! Muito felizes, fomos acompanhados do guia até a Bidvest, locadora do carro. Resolvidos, Clara rapidamente se acostumou na direção à direita, guiando e seguindo Rapps até o supermercado local. Nos despedimos, compramos nosso lanche da road trip e partimos. Passada a saída pesada com caminhões, o caminho de 4h foi tranquilo. Paisagem típica africana de filmes, bela e calma. Todo o Botsuana é quase um mega parque ecológico. Um pequeno descuido gerou uma multa por excesso de velocidade (juro que tentamos manter o olho nas placas), próximo à saída de Pandamatenga. Policiais corteses, pagamento em cartão com recibo. Não pareceu abuso. Mais tarde, ao comentarmos com diversas pessoas, todos informaram já terem pago a mesma multa, no mesmo ponto, turistas e locais! Hahaha!

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